O HPV é a doença sexualmente transmissível mais frequente nos dias de hoje. Caracteriza-se por um vírus altamente contagioso e muito prevalente nas idades mais jovens . De acordo com estudo realizado em população brasileira em 2018, entre 16 e 25 anos , a prevalência do HPV foi de 54% na população feminina e 51% na masculina .
A forma de transmissão mais comum é através da relação sexual sem proteção; outras formas de contágio são através de fomitos ( roupas , utensílios pessoais) e materno fetal nos casos das gestantes. Uma das principais relações do HPV é a alta associação com câncer do colo uterino; sendo que , a orientação sexual e a vacinação são os pilares para o controle desta doença e sua transmissão.
O sintoma mais comum é o aparecimento de verrugas, principalmente na região genital; entretanto, outras áreas podem aparecer o HPV como peníneo, ânus , região inguinal e orofaringe. Existe a possibilidade de se manifestar através de lesões atípicas , como manchas, lesões não condilomatosas (sésseis) ou tumores .
O diagnóstico é feito pelo exame clínico nas lesões típicas , e nas lesões atípicas ou recorrentes são realizados a penioscopia e biópsia das lesões . O diagnóstico pode ser também realizado através de técnica de raspagem da lesão e análise pelos testes moleculares. Estes testes ( captura hibrida e hibridização do HPV ) são importantes para determinar os sorotipos envolvidos, e estabelecer uma relação de probabilidade de recorrência de lesões ou de evolução para tumor.
O tratamento consiste na remoção das verrugas , combater a recorrência e reforçar os cuidados de transmissão . Quanto as formas de tratamento pode-se usar : cauterização físicas das lesões , cremes ablasivos ( cauterização química ) , crioterapia , laser e imunomoduladores. Independente do tratamento, existe uma porcentagem em torno de 30 % de recorrência das lesões , por isso , é mandatório um acompanhamento inclusive com orientações para o casal.