A litíase urinária ( pedras) é uma doença muito prevalente podendo atingir de 5 a 15 % da população mundial, e apresenta vários fatores envolvidos no seu processo como raça,sexo,clima,hereditariedade, alimentação e profissão. Acomete mais indivíduos da 3 ° a 4 ° década, com predomínio de homens brancos ocidental. Com relação aos fatores fixos podemos citar a hereditariedade e algumas doenças genéticas que contribuem para a formação de cálculos , e geralmente são situações que caracterizam a recorrência nestes casos. A alimentação , principalmente associada com aumento de ingesta de sódio e proteínas animal , são causas frequentes para a formação de cálculos . Outros fatores adquiridos são a baixa ingestão de líquidos e obesidade responsáveis por alterações metabólicas que promovem a litogênese (formação de cálculos) . E por fim , os fatores ambientais e algumas profissões , que por uma maior exposição solar e de temperatura estão também relacionados como situações promotoras de litíase renal.
A localização mais frequente de cálculos urinários é no rim ( 75 % ) seguida no ureter ( 23% ) e por último na bexiga (3% ); dentre os pacientes com litíase urinária 26 % se apresentam assintomáticos ; entretanto , mais de 30 % evoluem com mais de 2 episódios de cólica renal . A composição dos cálculos urinários mais frequente é de oxalato de cálcio, seguido de acido úrico e cistina , sendo que, apenas 35 % são cálculos puros.
Os sintomas mais prevalentes são : dor lombar ou abdominal , hematúria ( sangue na urina ), sintomas de armazenamento e esvaziamento da bexiga ( aumento da frequência urinária , esvaziamento incompleto, urgência e disúria ), náuseas e vômitos .
O diagnóstico é feito através da história clínica , exames físico e alguns exames complementares como : exames de sangue e urina , ultra-som renal e Rx de abdome ; entretanto , a tomografia abdominal e pelve sem contraste é o exame padrão ouro para diagnosticar os cálculos urinários , como avaliar seu tamanho , sua densidade, localização e comprometimento de do trato urinário e de outros órgãos .
O tratamento dos cálculos urinários são planejados de acordo com o tamanho, localização ,densidade dos cálculos , se existe obstrução ou não do trato urinários, presença de anomalias anatômicas e se o situação for de urgência ou eletiva. Os principais tratamentos são – Litotripsia extracorpórea por ondas de choque – Nesse procedimento não há cortes ou incisões. O paciente recebe ondas de choque que se difundem pelo corpo e concentram sobre o cálculo, fragmentando-o.
Cirurgia percutânea – Nessa cirurgia realizamos pequenas perfurações na região lombar para acessar o cálculo no interior dos rins. Por meio desses pequenos orifícios realizamos a fragmentação e remoção da pedra;
– Ureterolitotripsia endoscópica rígida e flexível – Nesse procedimento utilizamos um aparelho endoscópico com uma câmera que permite visualizar o interior da bexiga , ureter e rim . Esse aparelho é introduzido pelo canal da urina (uretra). Assim, não há necessidade de cortes ou incisões.
– Cirurgia convencional – Em alguns casos especiais há necessidade de realizar cirurgia tradicional, com incisão da parede abdominal para remoção dos cálculos diretamente pelo cirurgião.
A taxa de sucesso de remoção dos cáculos depende de cada caso e de cada técnica, devendo existir uma programação prévia e a explicação da necessidade de mais de um procedimento ou técnicas combinadas .
Em uma consulta , o Dr Jorge pode esclarecer suas dúvidas sobre seus sintomas e analisar as melhores opções de tratamento, como projetar um plano de acompanhamento para evitar futuras recorrências .